Bom Fim de Semana a Todos!!!

Divirtam-se!!!

A Mais Bela (Des)Organização do Mundo

Não poderia deixar de expressar o meu desagrado perante a grande palhaçada (para não dizer pior...) de uma “organização” que não funcionou em nenhuma instância. Tenho de me queixar e de lamentar ter convidado e levado 45 pessoas, numa das "maravilhosas" camionetas do IPJ, aquelas que asseguravam almoço, almoço este que ficamos a ver por um canudo, depois de estarmos 2horas à espera, sermos maltratadas por delegados do IPJ e no final nos dizerem que já não tinham almoço para nos dar. O meu grupo ficou sem comer o dia inteiro e grande parte da noite (saímos do Porto - Gondomar às 7h00 da manhã) e para gozarem com a nossa cara ainda tiveram o desplante de às 21h00 nos terem pedido para parar na estação de serviço de Santarém para nos darem um pão com queijo ou fiambre, pão esse contado um a um (levar um pão a mais seria provavelmente um crime...), sem estar embalado, ou coberto, dentro de um caixote de cartão, na bagageira de uma camioneta (muito refrigerada, como devem de calcular...). Para acompanhar "o manjar" deram-nos ar e vento, porque provavelmente 1 pequena garrafa de água era um luxo que não podiam suportar... Por consideração às 45 pessoas "famintas" que tinha ao meu lado, as sandes não foram "servidas" na cara de quem ainda teve o descaramento de gozar com uma situação destas... Acho que relativamente ao IPJ - Instituto Português da Juventude, não é preciso dizer mais nada... Quando chegamos ao recinto que não tem o mínimo de condições de segurança, apesar de termos estacionado a camioneta num parque nos arredores da Bancada VIP (sim porque os parques de estacionamento mais pertos foram ocupados por camionetas de Setúbal e Oeiras, o que se entende, visto virem de tão longe…) fomos encaminhados para o meio do monte para descer o mesmo pelo meio do mato (estavam 2 grávidas no grupo e houveram pessoas que caíram…) deste modo demos a volta ao maravilhoso estádio (que nem para o campeonato distrital) tem condições e entramos para uma pequena caixa de sardinhas em lata, sem o mínimo de controlo e mais uma vez sem o mínimo de condições de segurança(qualquer pessoa podia ter entrado com uma bomba numa mochila que no final ninguém iria descobrir de quem se tratava). Fomos empurradas e quase esmagadas, no meio de homens e crianças de colo (não era só para mulheres maiores de 14 anos?) até conseguirmos chegar às bancadas, sítio para onde nos encaminharam no sentido de esperarmos até sermos chamadas o que nunca aconteceu… Quando nos apercebemos tentamos descer, perguntamos a todos os stewards (assistentes) que vimos (polícias nem vê-los...) e todos deram a mesma resposta: - “Não sabemos, as pessoas estão a entrar por ali, se quiserem arriscar…”. Voltamos a sair e a tentar entrar, mas por esta altura sem comida, sem água e com as elevadas temperaturas que se faziam sentir, a maioria do grupo começou a passar mal e desistimos… Quanto à água que a “organização” dizia que não ia faltar, era atirada para a multidão enlatada e felizmente o mais perto que a vi foi numa garrafa que raspou o meu ombro (houve uma que abriu o sobrolho a uma jovem e outra que rachou a cabeça de um senhor..). Os insufláveis para diversão resumiram-se a uma ponte a fazer publicidade ao BES… Os concertos prometidos foram 2 músicas de cada artista, tirando da Dulce Pontes que apenas cantou (e não encantou) o hino de Portugal, numa nova versão com paragens pelo meio… No meio disto tudo ainda tivemos de "levar" com bonés da SIC. Deviam estar à espera que ficássemos contentes e que andássemos a fazer publicidade a uma “tão boa organizadora”… Desistimos e assistimos ao final do “espectáculo”, com homens e crianças a fazerem parte da mais bela palhaçada do mundo, do topo da Bancada VIP que conseguimos descobrir, infelizmente tarde demais… A sensação de ter vindo de tão longe para participar naquilo, foi a de morrer na praia. Não tive nada do que me prometeram, não tive almoço, não tive lenço, não tive mochila, não tive poncho, não tive certificado e acima de tudo, inscrevi-me para fazer parte de uma bandeira que vi ao longe. Para isso tinha ficado no conforto do meu lar, sentada no meu sofá a ver na televisão a versão cor-de-rosa e ideal que fizeram questão de transmitir. Felizmente, não se verificaram as graves consequências que poderiam ter ocorrido, na medida em que ninguém faleceu, no entanto isto apenas se ficou a dever à sorte e nunca, mas mesmo nunca à organização do Banco Espírito Santo (BES), da Federação Portuguesa de Futebol, da SIC e do Instituto Português da Juventude. Acho inconcebível que não existam culpados e que a verdade esteja a ser ocultada. Porque é que não mostraram as bancadas vazias devido aos grupos inteiros de pessoas que acabaram por abandonar cedo demais aquele triste espectáculo? Porque é que não mostraram a invasão de campo de pessoas inconformadas por tamanha injustiça? Porque é que não mostraram os brindes a ser atirados como comida para porcos? Porque é que não houve um único organizador que tenha vindo a público assumir as suas responsabilidades e pedir desculpas pelo desastre que promoveram? Porquê?... Provavelmente porque as desculpas não se pedem, evitam-se...

FORÇA PORTUGAL....

Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós Que há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!

Engulam mais esta...

Há dias em que nos sentimos assim...