Estradas Portuguesas

Como utente das nossas estradas e como um indivíduo que faz muitos quilómetros nelas durante o ano não posso deixar de registar aqui dois acidentes que aconteceram esta semana.

O primeiro deles vitimou até agora dois jovens atletas de uma pequena equipa da zona de Braga (Inter da Boavista). As circunstâncias em que se deu este acidente ainda estão por explicar, sendo certo que, a única coisa concreta que sabemos é que a carrinha onde estes dois atletas e os restantes feridos no acidente se deslocavam se despistou. Agora o que eu pergunto é se as causas desse despiste se devem às más condições da estrada em que o acidente se deu - tenham estas a ver com a fraca conservação da referida estrada ou com uma situação pontual - ou à incúria do condutor da carrinha. No caso de ter sido esta última a causa do acidente convém aos responsáveis começarem a pensar em usar pessoas devidamente formadas para o efeito, no transporte das crianças e jovens.

No segundo caso, estou-me a referir a um acidente hoje (14/03/06) ao final da tarde na A4 perto de Campo, em que mais um condutor decidiu entrar numa auto-estrada em contra-mão. No que a esta situação diz respeito, estou-me a referir a um indivíduo de 79 anos muito provavelmente incapaz de poder conduzir. Quero com isto dizer que esse indívuduo, que felizmente foi a única vítima mortal do acidente, não reuniria as condições físicas e psicológicas ou até psicocinéticas que lhe permitissem conduzir um veículo motorizado. Quem sabe, provavelmente nem um cortador de relva deveria poder conduzir, quanto mais um automóvel.

Porque não optar por obrigar os condutores mais idosos, bem como aqueles que aparentem ter défices tanto a nível físico como mental, a fazerem testes psicotécnicos que os habilitassem à prática da condução?

Porque não optar apenas utlizar condutores com carteiras profissionais de motorista no transporte de crianças e jovens?

Deixo-vos com esta minha opinião e com estas duas perguntas...